Formas de tratamento:
As formas de tratamento que podem ser usadas nos casos de câncer de mama são: cirurgia,
quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
- Cirurgia da mama
O tratamento cirúrgico pode ser realizado de duas maneiras: com a retirada da mama
comprometida (inteira) e dos linfonodos axilares do mesmo lado; ou com a retirada de parte
da mama (segmento mamário), onde está o tumor e, também, dos linfonodos axilares do
mesmo lado.
- Quimioterapia
A quimioterapia utiliza substâncias que impedem a multiplicação celular e o aumento dos
tumores. Essas substâncias são administradas por via venosa e também podem afetar as
células normais do organismo, causando efeitos colaterais dos mais variáveis.
- Radioterapia
No tratamento radioterápico é utilizada radiação ionizante para a destruição das células
tumorais.
- Tratamento hormonal
São utilizados hormônios que impedem o crescimento das células cancerosas.
- Tratamento imunológico
O tratamento imunológico utiliza substâncias que melhoram a resposta imunológica do
organismo. É importante dizer que o tipo de tratamento escolhido varia de acordo com o
caso de cada paciente.
Prevenção
Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos. Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o câncer de mama.
Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia.
Alimentação e Atividade física
Quatro estudos casos-controle revelaram diminuição no risco de câncer de mama nos grupos com maior atividade física total, dois cohort para atividade física ocupacional, 3 cohort para atividade física recreacional, chegaram as mesmas conclusões. Comparando-se mulheres altamente ativas, com mulheres com pouca atividade, as estimativas em diminuição de risco chegaram a 60%, sendo que 1 estudo cohort chegou a conclusão de 80% menor risco. Os estudos cohort e casos-controle, analisando atividade física total, ocupacional e recreacional, em relação a proteção contra câncer de mama, foram mais evidentes na fase pós-menopausa do que pré-menopausa nos grupos de maior atividade física. Poucos estudos concluíram não haver associação e 2 estudos casos-controle revelaram aumento no risco com maior atividade física, 1 significativo e outro não significativo.
Abordaremos a conduta nutrológica para os pacientes portadores de câncer , segundo o Fundo Mundial de Pesquisas sobre o Câncer e o Instituto Americano de Pesquisas sobre o Câncer, ( WCRF e AICR ), conforme publicado no relatório “ Alimentos, Nutrição, Atividade Física e Prevenção do Câncer: uma Perspectiva Global “, no capitulo dedicado aos “Sobreviventes de Câncer” pg. 342. Sobreviventes de câncer são pessoas que estão vivendo com o diagnostico de câncer , incluindo aqueles que se recuperaram. São estimados em 25 milhões em 2002 e 70 milhões em 2050 no mundo. Atividade física regular pode ser importante para prevenir recorrência, pelo menos no câncer de mama. As evidencias não suportam que o uso de altas doses de suplementos melhorem o prognostico. As evidencias de condutas nutrológicas e de atividade física em melhorar o prognóstico de pacientes com câncer estão emergindo. Nos EUA o número de sobreviventes de câncer passou de 3 milhões ( 1,5% da população ) em 1970, para 10 milhões ( 4% da população ) em